domingo, 5 de abril de 2009

Móveis de madeira sustentável auxiliam na preservação da mata nativa


Os produtos de madeira sustentável como o pinus e eucalipto estão voltando com força total ao cenário do mercado brasileiro de móveis. Com o objetivo de adequar a produção de móveis a partir de madeira de manejo, ou seja, que respeita e preserva a mata nativa como mogno, canela, imbuia, araucária, entre outras.

"O fato dos móveis serem produzidos de madeira sustentável irá conservar a mata nativa. Pois, se não houver demanda para o corte de madeiras nobres, as florestas serão conservadas. Comprando biomóveis alivia a pressão na demanda de madeira com origem desconhecida", alerta Alexandre Battistella, diretor da Battistella Operações Florestais.

Atualmente, no Brasil, mais de 250 cidades com mais de 100 mil habitantes concentram um potencial de consumo de R$ 22,7 bilhões em móveis, o equivalente a 70% do total nacional. Neste universo, o principal destaque é o estado de Santa Catarina. . Em 2005, o estado sagrou-se como grande exportador brasileiro de móveis, com a comercialização de mais de US$ 449 milhões, respondendo por 41,8% do total de exportações de móveis do Brasil. Hoje, este índice já chega a 47% e os maiores compradores são os países da Europa e os Estados Unidos.

O novo conceito de móveis, o Biomóvel, é caracterizado pela sustentabilidade do processo de produção e desenvolvimento do design. Ou seja, a cultura na produção de móveis por parte das indústrias será a partir de processos de fabricação que atendem a todos os requisitos socioambientais, além de qualidade e bom gosto.
"São móveis em madeira maciça reflorestada, produção limpa e que foram produzidos com todo o cuidado para atender as exigências da legislação européia", explica Ari Bruno Lorandi, Diretor da Central da Excelência Moveleira idealizador deste novo conceito no Brasil.


A preocupação em produzir com sustentabilidade faz parte da história da Battistella, que mantém reservas florestais próprias, programa de manejo e condução correta dos cultivos florestais e um centro de pesquisa dedicado a melhoria genética. O conjunto dessas ações resulta em árvores mais retas, com menos galhos e com madeira de qualidade cada vez maior, possibilitando o melhor aproveitamento e rendimento pelas indústrias moveleiras. "Por exemplo, o móvel de Pinus, além de ser um produto ecológico e que faz bem ao meio ambiente, resistente, ótima qualidade e que tem novos designs", complementa Alexandre.
Paralela à importância da preservação ambiental está a certificação das florestas. O manejo florestal da Battistella é certificado pelo Forest Stewardship Council que atesta que o plano de manejo da empresa atende aos principais requisitos de equilíbrio ecológico, econômico, operacional e social. O selo é reconhecido internacionalmente entre empresas que trabalham com produtos florestais. "O consumidor brasileiro precisa perceber que ao adquirir um móvel fabricado com madeira proveniente de uma floresta certificada ele está contribuindo para o meio ambiente", declara.

História do Biomóvel

O desenvolvimento do Biomóvel teve como base o projeto Green Home, elaborado na Toscana, Itália. A estratégia do Biomóvel integra todos os níveis de desenvolvimento do produto e associa vantagens competitivas como a redução dos materiais utilizados e dos resíduos de produto. O projeto orienta e dá indicações sobre os materiais que devem ser utilizados ou evitados, os padrões para o móvel ecológico até o selo de qualidade ambiental para o Biomóvel.

O conceito do Biomóvel acompanha todo o ciclo de vida do produto, desde o nascimento e até morte. Os processos são compostos das seguintes fases: pré-produção (produção dos materiais e semi-acabados utilizados no processo); produção (transformação dos materiais, montagem e acabamento); distribuição (embalagem, transporte e armazenamento) e até a utilização (manutenção).

Nas fases de criação e produção do móvel, aspectos fundamentais devem ser considerados: projetar produtos multifuncionais, evitar o super dimensionamento dos móveis, escolher processos produtivos que reduzem o consumo de materiais, otimizar o consumo de energia na produção e utilizar embalagens recicláveis.

Eucalipto:

Pontos mais consideráveis do eucalipto.

1-) É uma árvore como qualquer outra na natureza. Mas uma árvore muito especial, que tanto produz madeira para atender às necessidades do homem, como ajuda a preservar as florestas nativas.

2-) É uma planta exótica (não é nativa do Brasil), assim como o café, o milho, a soja, a cana-de-açúcar e várias outras culturas amplamente cultivadas em nosso país.

3-) Nas áreas estudadas, as crenças de que o eucalipto seca a terra não se sustentam. Seu consumo de água é semelhante ao das florestas nativas e suas raízes permanecem distantes dos lençóis freáticos.

4-) O eucalipto leva aproximadamente sete anos até ser colhido e, portanto, requer poucas ações do homem sobre o solo. Ele pode ser cultivado em terrenos de baixa fertilidade natural e não exige muitos nutrientes e defensivos agrícolas em comparação com outras culturas.

5-) Manejado de forma adequada, o eucalipto propicia a proteção e a conservação da biodiversidade. A crença de que ele cria um deserto verde não se justifica.

6-)Com seu crescimento rápido, o eucalipto ajuda a absorver o gás carbônico da atmosfera, devolvendo oxigênio puro à natureza. O papel das florestas plantadas de eucalipto é, portanto, fundamental no esforço da humanidade em neutralizar os gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento da Terra.

7-) A contribuição do eucalipto para o desenvolvimento sustentável do Brasil é crescente.

As atividades ligadas ao setor florestal já respondem por boa parcela do nosso PIB e geram milhões de empregos diretos e indiretos. Tudo isso, ajudando a proteger o meio ambiente.

O eucalipto degrada o solo?

São freqüentes os questionamentos sobre o impacto do eucalipto no solo, ou seja, se ele esgota a fertilidade do terreno ou se causa erosão ou compactação. Graças aos cuidados ambientais das empresas do setor, nada disso tem acontecido.
O atual modelo de preparo do solo para plantio de eucalipto no Brasil é definido como subsolagem de mínimo impacto. É assim chamado porque o equipamento utilizado nessa operação não expõe a terra em profundidade, não provoca inversão das camadas superficiais do solo e o mantém protegido pelos resíduos vegetais da colheita (folhas, galhos, raízes e cascas).
Para avaliar o efeito desse tipo de prática sobre as perdas de solo por erosão causadas pelas chuvas, de 1996 a 2002 a Aracruz conduziu testes na sua microbacia experimental no Espírito Santo, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla).
Esse monitoramento mostrou que as perdas de solo nas plantações de eucalipto variaram de 0,6 t a 1,0 t de solo/hectare/ano, valores estes muito abaixo dos limites de tolerância estimados para os solos da região (entre 10 t/ha/ano e 13 t/ha/ano), e menores também que os relatados para algumas das principais culturas agrícolas plantadas na região (Tabela 4).


Pinus Elliotti (Tok&Stok)


Da família das pináceas, da classe das coníferas. Nome científico: Pinus elliottii (Warm.) Engelm., Pinaceae.

Outros nomes populares: pinus, pinheiro, pinheiro-americano. Nomes internacionais: southern pine, slash pine, southern yellow pine.

O Pinus Elliotti, uma espécie exótica originária dos Estados Unidos, é uma árvore que pode atingir 30 metros de altura. Sua casca sulcada
e acinzentada quando jovem, torna-se marrom-avermelhada na idade adulta. No Brasil, os primeiros plantios realizaram-se em 1959.
A planta tem baixa exigência nutricional o que permite seu plantio em ambientes com condições adversas, como regiões áridas, de extremo frio, topos de montanhas e solos com baixa fertilidade. Espécie de rápido crescimento, com oito anos já está em ponto de corte, possibilitando uma grande produção de madeira em curto espaço de tempo . Dela nada se perde: além da resina, que pode ser coletada durante dez anos, o tronco fornece madeira maciça para vigas, caibros, móveis, aglomerados e celulose para a fabricação de papel.

No início da década de 80, a indústria moveleira lançou-a de forma inadequada no mercado, deixando sua imagem associada a uma madeira de baixa qualidade e durabilidade. Havia problemas em resolver adequadamente sua usinagem: as ferramentas existentes não eram totalmente adequadas, havia dificuldades em realizar corretamente a secagem em estufas, ajuste de equipamentos, etc. Os primeiros móveis produzidos foram feitos com madeira manejada para a indústria de celulose, portanto, colhida com pouca idade, cheia de nós, resultando em peças de pequenas dimensões e com muitos defeitos. Desde então, o setor evoluiu consideravelmente, tendo ocorrido uma grande diversificação das espécies plantadas, aperfeiçoamento das técnicas de plantio e manejo, e grandes investimentos em maquinário.


Ecologicamente correta


O Pinus brasileiro é uma madeira maciça oriunda de florestas plantadas,
de reflorestamento, e desponta como uma das mais econômicas alternativas para o abastecimento do mercado nacional.

O Brasil possui um dos maiores reflorestamentos do mundo em coníferas, que graças às variações climáticas, resulta em enorme vantagem sobre outras nações produtoras. Apresentam, inclusive, considerável potencial para expansão, visto que, por questões ambientais, a utilização de madeiras nobres, encontra atualmente, e cada vez mais, uso restrito.

Hoje em dia são muitas as fábricas no sul do país que exportam móveis em Pinus e se destacam no mercado internacional como importantes fornecedores alternativos de madeiras e móveis.


Estética



Os produtos confeccionados com madeiras provenientes de florestas renováveis são peças únicas e apresentam discretas irregularidades em suas superfícies. O aparecimento de pequenas fissuras é uma possibilidade e característica natural da madeira 'viva'.

O conceito de design de peças produzidas industrialmente com este resultado final de estética artesanal está firmemente fundamentado; a exemplo do que traduz a expressão atribuída ao Pinus nacional - "madeira clear" - cujo objetivo é a busca da máxima padronização dos painéis utilizados na produção. Desta forma evitam-se nós e imperfeições grosseiras, mas sem se perder a aparência individual das peças.

É com este princípio que os produtos confeccionados com esta matéria-prima têm se firmado no mercado ao longo das últimas décadas. O esclarecimento político-social de consumidores europeus e norte-americanos provoca uma crescente demanda de móveis de Pinus por serem ecologicamente corretos. Na América Latina, principalmente no Brasil, há um constante e vertiginoso aumento deste tipo de conscientização. Cada vez mais se valorizam as características naturais de móveis elaborados com esta madeira.

Sempre na vanguarda, há anos a Tok&Stok desenvolve e lança além de acessórios, grandes e importantes linhas de móveis confeccionados com a madeira Pinus Elliotti. Cada qual recebe diferente tipo de acabamento, de acordo com os estilos das diferentes propostas. O sucesso de vendas destas linhas retrata indubitavelmente a valorização também pelo consumidor nacional deste conceito de design.


Madeira Viva


A madeira de pinus, assim como muitas outras madeiras maciças, é uma matéria viva que pode apresentar pequenas alterações naturais como fissuras superficiais e variações de tonalidade dependedo de alguns aspectos de produção e das condições climáticas às quais os produtos são expostos. Amarelamentos ou leves mudanças de cor podem ocorrer em função da presença de substâncias da própria madeira que oxidam em contato com o ar ou reagem na presença de luz solar, mesmo recebendo apropriado acabamento protetor, como vernizes ou ceras. Estas alterações são superficiais, meramente estéticas, e não comprometem de forma alguma a resistência do produto; pelo contrário, atribuem às peças um complemento em suas identidades, tornando-as únicas, como móveis de família.



Banco Kumurõ (Tok&Stok)



Kumurõ, o 'banco Tukano', é fabricado exclusivamente pelos homens dessa etnia. É um dos instrumentos cerimoniais de seu povo; não por acaso é o assento do kumu, o benzedor. Esculpido em ma peça única em madeira, sem emendas ou encaixes, imprime em seu assento um grafismo de trançado.

Sua confecção demora em média 72 horas. No primeiro dia há a busca da madeira na floresta e o trabalho de entalhe, no segundo é dado o acabamento final de lixamento e polimento. No terceiro dia é feita a pintura no assento.

Vários tipos de madeira podem ser trabalhados para a fabricação do banco. A preferida é conhecida, regionalmente, como Sorva. No mesmo local em que a árvore é derrubada, seu tronco é seccionado de acordo com o tamanho dos bancos a serem produzidos.

Atualmente, existem bancos de variados tamanhos, dependendo de sua finalidade. Para uma maloca (casa cerimonial) o banco para o baya (mestre da dança) deve ser maior que os demais. Os bancos para moradia são menores e podem ter vários tamanhos.

Cada artesão entalha a peça a seu modo, porém busca-se desde o início o equilíbrio e a simetria de suas formas, como uma escultura em madeira maciça. As unidades de medidas utilizadas são o palmo e os dedos. Um pedaço de cipó é usado para marcar com carvão, a altura e o tamanho dos pés.


Etapas:


1-) Primeiro corte, talho no centro do que será o assento

2-) O assento é deixado côncavo

3-) Marca dos pés desenhada com carvão

4-) Principais ferramentas do escultor: sioga, enxó e machado antigo

5-) Entalhe mais adiantado

6-) Banco pronto para o entalhe mais fino e acabamento


Para polir, antigamente utilizavam-se folhas de árvore e pedras redondas, hoje em dia, podem ser empregadas lixas industriais.

A pintura dá o acabamento final ao banco. A técnica é muito simples, mas engenhosa, lançando mão de elementos da natureza: o corante e o fixador são extraídos de cascas de árvores e plantas.

A última etapa do trabalho é a aplicação dos grafismos. Existem dois ou três tipos de desenhos, o principal é o que representa o couro da lendária 'cobra-canoa'. Esses desenhos reproduzem um trançado e são impressos com a ajuda de um carimbo feito engenhosamente de talos de arumã e de um delicado pincel de capim, mergulhados em uma solução de argila e água.

A aplicação da argila sobre o pigmento vermelho produz uma curiosa reação química, cujo resultado, que é visto posteriormente, é um dos principais ingredientes para o charme individualizado das peças. A argila não é uma tinta e não permanece no banco, é apenas um reagente, que queima a base produzindo uma cor preta.

Sorva

Sorva ou sorveira (Sorbus domestica L.) é uma árvore da família das Rosaceae. É também conhecida pelos sinónimos botânicos de Cormus domestica ((L.)Spach.) e Pyrus sorbus (Gaertn.), surgindo ainda a Sorbus maderensis que é uma das espécies endémicas da ilha da Madeira e Canárias (Lowe) e (Dode).Apresenta-se como um arbusto com até 3 metros de altura, caducifólio, de caules lisos, castanho-avermelhados e folhas compostas, imparipinuladas de até 15 centímetros de comprimento, geralmente com 13 a 17 folíolos, elípticos, oblongos ou alanceolados, crenados.Esta planta tem flores pequenas, esbranquiçadas a cremes, numerosas, reunidas em corimbos compostos, terminais, sendo os frutos carnudos, globosos e de cor vermelha.Trata-se de uma espécie endémica da ilha da Madeira, bastante rara, que surge no urzal de altitude.
A floração desta planta surge entre Junho e Julho.


Fonte:

Tok&Stok

http://www.tokstok.com.br/cgi-bin/WebObjects/TSVitrine.woa/wa/mostraJeito?ps=4,41,50958,50962

http://www.tokstok.com.br/cgi-bin/WebObjects/TSVitrine.woa/27/wa/mostraPagina?ps=51574%2C51579&wosid=VPqOJ1v2AAvbaPYER23jQM

Aracruz

http://www.aracruz.com.br/eucalipto/pt/resumo.html

Outros

http://gastronomiaenegocios.uol.com.br/home/falando_serio/ver/523/moveis-de-madeira-sustentavel-auxiliam-na-preservacao-da-mata-nativa

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_294976.shtml

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Eucalipto/CultivodoEucalipto/01_Importancia_economica.htm

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